Porque a leitura é para o intelecto o que o exercício é para o corpo. (Joseph Addison)
sábado, 17 de setembro de 2011
Ao longo das janelas mortas - Mario Quintana
Ao longo das janelas mortas
Meu passo bate as calçadas.
Que estranho bate!…Será
Que a minha perna é de pau?
Ah, que esta vida é automática!
Estou exausto da gravitação dos astros!
Vou dar um tiro neste poema horrivel!
Vou apitar chamando os guardas, os anjos, Nosso
[Senhor, as prostitutas, os mortos!
Venham ver a minha degradação,
A minha sede insaciável de não sei o quê,
As minhas rugas.
Tombai, estrelas de conta,
Lua falsa de papelão,
Manto bordado do céu!
Tombai, cobri com a santa inutilidade vossa
Esta carcaça miserável de sonho…
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário